HEBRON Atualidades 52 - Julho-Agosto/2011

EDITORIAL // CARTA DO PRESIDENTE // // Josimar Henrique da Silva é presidente da Hebron ® . // MATÉRIA 12 Fuja do estresse de férias Até 5% da população economicamente ativa é afetada pela síndrome do lazer, fenômeno cada vez mais frequente que manifesta-se nos finais de semana, e, principalmente, nas férias Josimar Henrique da Silva Mais médicos para o Brasil até 2020 O Sistema Único de Saúde – SUS precisa de clí- nicos gerais. Dentro do Ministério da Saúde e no gabinete da Presidente Dilma Rousseff, fala-se de bolsas de residência e de valorização do salário do médico do SUS. São expectativas que po- dem ajudar a consolidação do modelo e elevar a qua- lidade do serviço e a garantia de atendimento com base em padrões dos países onde a medicina pública é eficiente. Até 2020, o Governo Federal pretende ampliar em 120 mil o número de médicos formados no Brasil - o país tem, hoje, pouco mais de 400 mil médicos ativos. Passar de 16 mil para 20 mil formandos ao ano é a meta. Com isso, espera-se chegar à taxa de 2,5 médicos por mil habitantes – hoje, estamos em 1,73. (Quem tiver interesse em saber as diretrizes do Plano Nacional de Educação Médica do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde pode acessar os sites oficiais. Dentre as expectativas, consta um am- plo mapeamento da carreira de médico, ação que será executada pela primeira vez no Brasil.) No Brasil, hoje, 16 mil médicos, aproximada- mente, se formam todo ano. Há 180 escolas de me- dicina, atesta o Conselho Federal de Medicina – CFM. A proposta de ampliação do Governo Federal para 20 mil médicos ao ano tem como objetivo e conso- lidação, na montagem do perfil, atender à deman- da do SUS. Os quatro mil médicos a mais, todo ano, por uma década, seriam preparados para a medicina pública de intervenção cotidiana a partir do SUS. Na estratégia, a ação mais ousada será equilibrar as dife- renças por regiões. Há diferenças gritantes entre os estados da Federação. Maranhão, por exemplo, tem um médico para cada 2.066 pessoas, enquanto Rio de Janeiro tem um médico para cada 306 pessoas. São Paulo tem um D e acordo com dados da OMS, cerca de três mil pessoas, por dia, cometem suicídio no mundo. Antes, o suicídio era considera- do uma atitude covarde frente aos problemas. Hoje, a medicina entende dentro de outro contex- to. Sabemos, por exemplo, que o cérebro funciona à custa de uma série de substâncias químicas, cha- madas neurotransmissores, que têm grande importância no ato final do suicídio. Nesta edição, a revista Hebron ® Atualidades traz o assunto como matéria principal e mostra que há certos fatores re- lacionados a uma maior ou menor probabilidade de cometer o ato. Levar os filhos à escola, brincar, trocar fraldas, colocar para dor- mir... Tarefa de mãe? Não mais. São os novos pais, aqueles que choram no dia do parto, brincam e se emocionam com cada conquis- ta da criança. A matéria “Os su- perpais” mostra que a nova figura paterna está presente no cotidia- no dos filhos e, agora, de forma mais participativa e afetiva. Outro assunto abordado é a angústia que algumas pessoas sentem du- rante as férias, fenômeno batiza- do pelos especialistas de “estresse de férias”, uma síndrome cada vez mais frequente. Também mostra- remos o impressionante retrato da prostituição infanto-juvenil. A revista Hebron ® Atualidades traz, a partir desta edição, a seção “Pesquisa Brasileira”, onde trata- remos de pesquisas feitas em solo nacional, por cientistas brasileiros. Na seção Ping-Pong, o assunto é gastrite. Qualidade de Vida fala sobre gestão do tempo. Em Res- ponsabilidade Social, a palavra de ordem é rir. Trata-se do Doutores da Alegria. Já Boa Viagem mostra que acampamentos e colônias de férias são uma alternativa para aqueles que procuram uma com- binação entre lazer e sociabiliza- ção para seus filhos. Boa leitura! 16 PESQUISA BRASIL // Vital Brazil e a especificidade do soro antiofídico A descoberta do médico e cientista brasileiro sobre a especificidade dos soros antipeçonhentos estabeleceu um novo conceito na imunologia e gerou tecnologia inédita // BOA VIAGEM 6 Proibido para maiores Acampamentos e colônias de férias são uma boa opção para quem não pode viajar com as crianças no mês de julho // PING PONG 8 Cuide bem do seu estômago // CAPA 18 Suicídio: uma estatística alarmante Dados atuais da OMS apontam que cerca de três mil pessoas por dia cometem suicídio no mundo, o que significa que a cada 30 segundos uma pessoa se mata 26 MATÉRIA // O cruel retrato da prostituição infanto-juvenil Estima-se que 500 mil meninas brasileiras se prostituam. Retrato assombroso de um país que parece fechar os olhos para a exploração infantil // TRABALHO CIENTÍFICO 30 // TUDO A VER 38 10 RESPONSABILIDADE SOCIAL // Terapia do riso Com rostos pintados, narizes vermelhos e roupas de palhaço, o Doutores da Alegria visita hospitais procurando levar sorrisos para os doentes 15 NOTAS E EVENTOS // 34 ACONTECE // médico para 443 pessoas. Logo, as oportunidades de formação médica acontecerão, com apoio do Governo Federal, nas regiões e estados onde a distribuição de profissionais em comparação com número de habi- tantes seja precária e insatisfatória. Por exemplo, nos estados do Norte, na região do Amazônia. O Brasil tem uma meta: aproximar-se de países como Japão (2,1 médicos para cada mil pessoas), Grã- -Bretanha (2,3), argentina (2,7). Nos estudos que es- tão em pauta, há a proposta de estágio remunerado nos prontos-socorros federais, por um período de dois anos, depois da conclusão do curso. O valor do está- gio se equivaleria às bolsas acadêmicas para mestrado e doutorado e daria garantia de bônus nas provas de residência médica. É verdade que a meta de 2,5 médicos para cada mil brasileiros não será realidade do dia para a noite. A seguir o exemplo de outras iniciativas em educação que o Brasil espera realizar até o fim da década, trata- -se de uma expectativa ousada que, se não mostrar sinais imediatos de ação, logo parecerá propaganda enganosa. Mas não deixa de ser um sinal de haver, no país, uma necessidade que precisa de intervenção, a exemplo do que sempre fez outros países. Por seu lado, o Conselho Federal de Medicina tem apostado na melhoria da qualidade do ensino por considerar que a desigualdade não está tão-somente no número de profissionais disponíveis para mil ha- bitantes por região - está, também, no que tem sido ensinado nas 180 escolas em atuação do país. Conci- liar o aumento do número de formandos, equilibrar as diferenças por estados e regiões e elevar a qualidade do ensino são medidas e iniciativas que têm de andar juntas. Sob todos os aspectos, as muitas propostas anunciadas prometem uma década, no mínimo, revo- lucionária na História do Brasil CONTEÚDO // SEÇÕES //

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